A Numerologia é o estudo que quantifica as vibrações eletromagnéticas manifestadas através das formas numerais e alfabéticas, demonstrando (interpretando) a aplicação dessa ciência no nosso cotidiano.

A vibração é a manifestação de inteligência do Princípio Único. Não existe nada no universo que não tenha a mínima parcela de vida. Tudo é uma manifestação de energia advinda de uma única Origem.

Qualquer objeto físico, por mais simples que seja, contém um elemento de vida, constituído por partículas distintas, também formadas por vibrações essenciais sucessivas, emanadas de uma vibração suprema.

No meio terrestre, o homem é o mais poderoso centro de manifestação de energia, reunindo em si todas as experiências vibratórias dos diversos reinos da natureza: mineral, vegetal e animal.

As vibrações da corrente humana comportam inúmeros graus pelos quais o homem passa há milênios, até reconhecer-se no único objetivo. Essas experiências são para edificar e evoluir o seu eu, tornando simples uma natureza complexa pela presença de véus.

Pouco se sabe a respeito de quem tornou pública a numerologia. Todas as passagens bíblicas (Novo e Velho Testamentos ou na Torah (o Pentateuco) são passíveis de múltiplas interpretações à luz dos números.

O profeta Esdras, “aquele que tinha a manifestação divina nas mãos, através da escrita”, foi encarregado, no século VI aC, a reconstruir o primeiro templo destruído de Jerusalém e a reescrever a Bíblia após o exílio judaico na Babilônia. Acrescentou caracteres do vatan e arábicos ao hebraico e “descobriu” as vogais e também que cada letra tinha um valor numérico.

No mesmo século (VI aC), Pitágoras elaborou os fundamentos da Filosofia dos Números baseado nas “ Leis dos Opostos” . Consta que ele teve ensinamentos nos templos egípcios. Não deixou nada escrito e todos os fragmentos de seus ensinos nos foram transmitidos por discípulos de seus discípulos. Foi também de Pitágoras o atual sistema de divisão musical, que se baseia nas mesmas Leis de progressão e periodicidade das quais se serve a numerologia. Deixou-nos o ciclo evolutivo dos números de 1 a 9, onde são realizados a expressão da vida humana.

Suas idéias fundamentais do Criador levaram-no a empregar a teoria dos números para explicar o Sistema Cósmico e a Criação. “Toda a vida se destina a um fim, e este é a aquisição da Consciência Divina ou do Todo.”. O ensinamento pitagórico, hoje expresso pelo novo testamento, está na afirmação : “Toda a vida passa pela fase de criação, experiência, expressão e inclusão”.

Com o estudo desta ciência numerológica, baseada na interpretação da Bíblia com um nível de consciência elevado, chega-se à compreensão da manifestação de “como e por quê” até nas mais simples expressões da vida diária.

Todo o pensamento é um ato criador. Toda a expressão de pensamento se prende a uma experiência ou a um sentimento e suas repetições tornam a expressão normal, passando a fazer parte de suas atitudes de vida. Todas as vezes que reprimirmos a criação para dar lugar a outra, esta segunda passa a fazer parte e constitui um elemento permanente de nosso ser.

Na nossa viagem evolutiva, a partir das primeiras fases do desenvolvimento humano, vivemos muitas vidas em várias cores e condições de vida que criamos para nós, onde cada uma delas passou pelas quatro fases acima (criação, experiência, expressão e inclusão), antes de serem registradas em nosso arquivo de conhecimento, como lições aprendidas. Não é difícil conceber a idéia de sermos atraídos automaticamente para as condições que nos façam caminhar na senda da consciência do todo, passando ou não por “muitas moradas”

Toda a família nos fornece experiências diferentes numa existência terrestre que no futuro serão nossos motivos de ação. Também serviremos de experiência evolutiva aos que nos cercam. Através da nossa vontade de expansão de consciência, criamos para nós todos as associações e oportunidades de uma existência, experimentamos e expressamos as condições que elas nos oferecem, para que as reformulações aconteçam.

É fundamental conhecer a si mesmo, saber a razão do nosso comportamento e do propósito que leva a evoluir, a partir de onde nos situamos no plano divino. Desvelados os véus de Isis, a verdadeira Paz nos tornará plenos em todo o percurso do espírito.

A semente transformada em flor. A centelha divina voltando à Fornalha Original.

Embora estejamos passando por uma época em que o homem encontra-se ávido em mergulhar nas profundezas de seu interior, ele não reconhece um norte libertador e nem se reconhece como centelha divina. Há em seu caminho apenas místicos dogmáticos - com fragmentos de um conhecimento libertador...

O trabalho numerológico recuperado em seus fundamentos absolutos é de real proveito; dá a possibilidade ao Homem de dirigir a sua própria existência com um conhecimento total de suas oportunidades e do meio em que interage, levando à harmonização com as leis da natureza do Princípio Único.

Os antigos estudiosos diziam a respeito do nome que se dá ao recém nascido: “no momento do nascimento já algo aconteceu na vida da criança; é o Nome que completa a geração. Quando nossa alma cria ou evoca um pensamento, a imagem deste é gravada no fluído astral, que é o receptáculo e espelho de todas as manifestações do ser.

”A imagem exprime o objeto e este a vibração ou virtude do símbolo. Não há nem bem nem mal – tudo é vibração. Exprimir uma palavra é evocar um pensamento e torná-lo presente: o poder da linguagem oral ou escrita é o começo de toda a manifestação no mundo do sentir, oculto aos olhos e aberto ao coração. Dar um nome não é apenas definir um ente superficialmente na matéria, é também traçar pela escrita ou através da palavra o seu destino.