"Conheça-te a ti mesmo e conhecerás o universo."
Acordar a percepção sutil, descobrir o sentido escondido sob a aparência de um gesto, de um traço, de um som, de uma letra, de um número, exige desenvolver uma educação diferente daquela na qual a nossa sociedade repousa.
No mundo atual, somos rapidamente confrontados com “o proibido”, com o “eu não sei”, com o “eu não posso”, ou “acho que é assim....”, pois aprendemos a viver exclusivamente através de nossa cabeça, predominando o raciocínio sempre dividido, ou seja, em dúvidas constantes. A outra parte de nós mesmos, não reconhecida, – a sensibilidade advinda do sentir – fica limitada em sua expressão por nossos medos e pânicos programados e reafirmados no decorrer dos milênios que se sucedem ao “Pecado Original”.
Retomando o mito da Medusa, devemos cortar a sua cabeça que petrifica todo o passado, para que o nosso verdadeiro ser apareça.
O racional e o objetivo nos ajudam a discriminar, a organizar, a construir e a informar, mas devemos reatar com o subjetivo, o intuitivo e o irracional, com o sentido e o vivido no momento presente, no “agora” de nossas existências.
O desafio de uma pedagogia verdadeira, centrada em valores absolutos e eternos, é o de desenvolver um diálogo entre consciente e inconsciente.
Assim que um irrompe no outro a floresta dos sinais é penetrada.Os sintomas e os símbolos interpretados significam a “abertura do livro”, pois reorientam e dão sentido ao Homem, até a reconstrução de sua globalidade.
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